Apesar de se terem separado em 2011, os Sacred Sin voltaram ao ativo este ano para comemorar o relançamento do lendário "The Shades Behind", assim como os 20 anos de carreira. O THMS aproveitou o concerto que a banda deu no Porto para ter uma breve conversa com José Costa e Tó Pica.
José, decidiste acabar com Sacred Sin em 2011
e, dois anos depois, a banda está de regresso com o Tó Pica na formação. Por
que é que acabaste com a banda na altura e o que te fez regressar agora?
JC: Na altura
que a banda terminou, o projeto estava simplesmente terminado. Não havia muitas
mais coisas que pudéssemos fazer, os músicos também estavam desmotivados e a
banda parou. Entretanto, já tinha falado com o Pica na altura em que estávamos
a comemorar os 20 anos, em 2011, e já tínhamos falado em fazer um ou dois
concertos de despedida e isso não aconteceu na altura. Mais tarde, quando saiu
este disco, foi quando surgiu esta oportunidade. Digamos que a banda não
voltou, nós estamos a tocar o material antigo, na altura em que o Pica estava a
tocar em Sacred Sin. Não é propriamente um regresso.
Como é que surgiu a ideia de relançarem o
“The Shades Behind”?
JC: A ideia foi
do Luís Lamelas, juntamente com a Chaosphere, a Glamorama… Eles estavam a fazer
alguns relançamentos de clássicos dos anos 90. Falaram comigo e com o Pica na
altura sobre o que achávamos em relançar a demo e o EP e achámos que era
uma boa ideia. Depois veio a ideia de fazermos a festa de lançamento.
Pensam alargar os relançamentos a outros
trabalhos do catálogo de Sacred Sin?
JC: Fala-se
nisso. Vai sair outra edição do “Darkside” este ano. Vai sair em vinil e talvez
também em CD. No entanto ainda estamos a negociar este último, por isso é
melhor não falar sobre isso. Não é que seja um segredo, porque não é, mas é
algo que ainda está a ser planeado. Este ano faz 20 anos que o “Darkside” foi
gravado e lançado.
E, para já, que balanço fazem desta reunião?
JC: Tem sido
fixe, para mim ao início foi um grande desafio. Já não tocava este tipo de
material há muito tempo, material muito rápido. Foi um pouco duro ao princípio,
mas é sempre bom. Além disso, também há um certo tipo de adrenalina, aquele
tipo de sentimento que tínhamos antigamente. É algo diferente do que estava a
fazer, por exemplo, nos anos 2000. Não deixava de ser rápido, mas era um estilo
diferente.
Neste momento, quais são as expetativas para
o concerto de hoje à noite?
JC: Esperamos
que seja uma boa festa!
O Tó hoje não quer participar…
JC: Quer, quer!
(risos)
TP: Vá, diz lá!
(risos)
Depois destes concertos de comemoração, quais
são os planos para os Sacred Sin?
JC: Ah? (risos)
Quais é que são os planos para os Sacred Sin após estes concertos?
JC: O quê? Os
pontos? (risos)
TP: Eu sei o
que ele quer saber. Queres saber se pode haver um próximo álbum, não é?
JC: Ainda temos
tanta coisa para tocar! (risos)
TP:
Sinceramente, não está nos planos. É assim que temos de colocar as coisas, até
porque, devido a todos os outros projetos em que estamos, poderá faltar tempo
para isso. No entanto, já disse que não faria um montão de coisas e acabei por
fazê-las, por isso nunca se sabe.
JC:
Especialmente coisas más! (risos)
TP: Olha, vou
dar-te uma a “não resposta” perfeita. Acho que… não sei! (risos) É que estar-te
a dizer que sim, para depois não acontecer... A verdade é que não está nos
planos, mas sabe-se lá o que pode acontecer! Eu saí da banda em 1999 e, do
tempo em que lá estive, posso dizer que não demora assim tanto fazer um disco.
Por exemplo, o disco que perdemos mais tempo a fazer foi o “Eye M God”.
Perdemos tanto tempo a fazê-lo que até deu tempo para estragá-lo! (risos)
JC: Queríamos
complicar um bocadinho! (risos)
Não ficou nada estragado!
TP: Bem, mas
posso ter a minha opinião? Elimino-te já do Facebook! (risos)
Mas eu não sou teu amigo no Facebook, sou
amigo do José, só. (risos)
TP: Então eu
“amigo-te” só para te “desamigar” e correr contigo a seguir! Vá, mas agora a
sério e estupidez à parte. Planos não há, a verdade é essa.
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