sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Criminal: White Hell

Criminal
"White Hell"
Massacre Records
8/10

Formados no Chile, embora se tenham mudado para Inglaterra mais tarde devido às dificuldades económicas, os Criminal foram fundados no início dos anos 90 por Anton Reisenegger (voz e guitarra ritmo) e Rodrigo Contreras (guitarra solo). “White Hell” é o novo álbum destes chilenos, no qual nos presenteiam com doze temas recheados de intensidade e raiva contagiante. Neste sexto registo, os Criminal oferecem-nos uma mistura de Thrash Metal e Death Metal sueco, na qual há ainda espaço para o Metal mais moderno. Por isso, não será de estranhar se bandas como Slayer, The Haunted, The Crown ou até Lamb Of God vierem à nossa memória durante a audição deste longa-duração.  

“White Hell” começa de forma demolidora. A faixa de abertura, “21 Century Paranoia”, é rápida, pesada e cativante o suficiente para nos por a abanar o pescoço. Tal como em muitas das outras canções que compõem este álbum, as guitarras graves, influenciadas no Death Metal sueco, aliam-se à raiva do Metal sul-americano, resultando em algo ainda mais poderoso e cativante quando Rodrigo Contreras decide deliciar-nos com os seus solos de guitarra. Mas este disco é mais do que um simples lançamento de Thrash/Death Metal! Para começar, os Criminal são muito competentes a nível técnico. Se duvidam, ouçam o excelente e variado trabalho de bateria assinado por Zac O’Neill ou os cativantes e virtuosos solos de Rodrigo Contreras. Além disso, “White Hell” é variado o suficiente para não se tornar monótono. Se faixas como “21st Century Paranoia” ou “Black Light” nos remetem para nomes como The Crown, algumas melodias de “Strange Ways”, por exemplo, lembram-nos Slayer. 

Contudo, “White Hell” não tem nenhum ponto alto e isso pode ser visto como uma desvantagem, mesmo sendo um disco bastante consistente. Não é daqueles trabalhos que, quando acaba de tocar no leitor, nos dá logo vontade de carregar no Play de novo para voltar a ouvir esta ou aquela canção. Mesmo assim o novo registo dos Criminal tem qualidade suficiente para agradar aos fãs de Thrash/Death Metal, graças à sua variedade e competência, ainda que lhe falte algo que o eleve a outro patamar.

Crítica originalmente escrita para a Rock Heavy Loud.

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