Os Sollust são um jovem coletivo oriundo do Peso da Régua que lançou, em Maio deste ano, o seu EP de estreia através do Bandcamp. Um bom motivo para conversarmos com o baterista, Miguel Silva.
Apesar de já contarem com cerca de uma década de atividade, os Sollust são ainda um projeto desconhecido para muitos. Que tal apresentares a banda e falares um pouco da sua história primeiro?
Os Sollust não se formaram há dez anos. Simplesmente os membros da banda
juntaram-se há mais de uma década com um outro projeto, isto no tempo em que o
pessoal andava na secundária e começávamos a ouvir os primeiros discos de
Metallica, Slayer entre outras bandas. Depois de alguns anos de tentativa de
criação de uma banda, emergiu o que a hoje chamamos de Sollust.
O “The Last Bird Song” é o vosso primeiro lançamento. Houve algum motivo para demorarem tanto tempo a editá-lo ou simplesmente não quiseram forçar as coisas e decidiram esperar pelo momento mais apropriado?
Claro que é muito tempo, mas tal com disse antes houve algum tempo em que
ainda não estava a banda formada, assim como algumas dúvidas no seguimento que
queríamos dar a banda. Aliado a isso, a falta de disponibilidade de alguns
membros em tocar. Só em 2011, depois de um concerto, é que o Guilhermino
Martins nos propôs gravar um EP.
Como apresentarias este EP a quem não está familiarizado com a música da banda?
É difícil definir o que é Sollust, nós próprios temos dificuldades em dizer
qual é o nosso estilo. Achamos que temos vários estilos, isso sim, assim como
várias influências. O que podem esperar ao ouvir o EP é um conjunto de músicas
que vão do mais agressivo do Rock Progressivo até ao Rock mais calmo perto de
uma balada.
Gravaram o “The Last Bird Song” no Blind & Lost Studios com o Guilhermino Martins, um artista experiente e com créditos dados no meio em que os Sollust se movem. Como surgiu o contacto entre as duas partes e que balanço fazem desta colaboração?
O contacto com o Guilhermino já tem algum tempo. Praticamente todos os
membros começaram a dar os primeiros toques numa escola onde o Guilhermino dava
aulas. Mas só em 2011 é que a banda estava completamente formada e pronta para
gravar alguma coisa. No fim de um concerto, o Guilhermino falou connosco e
propôs gravar um EP. Depois de algum tempo de reflexão, apercebemo-nos que
seria agora ou então nunca mais e, por fim, decidimos dar este passo, até
porque já tínhamos algum material que não queríamos perder.
O que abordam nas letras das vossas canções?
As nossas letras são simples desabafos contra alguns dos problemas da
sociedade. Algumas regras deste sistema que precisam de ser quebradas e que só
nos prejudicam.
Os solos de guitarra são um dos pontos mais fortes deste trabalho. Por quem foram compostos e quem os tocou?
Os solos de guitarra estão divididos entre o Rui Pereira e o segundo
guitarrista, o João Peixoto. A composição é feita em grande parte pelo Rui Pereira,
mas depois em ensaio há uma boa democracia e compomos a música com a opinião de
todos.
Dado que o “The Last Bird Song” já está disponível no Bandcamp desde finais de Maio, certamente já receberam algumas opiniões sobre ele. Como tem sido o feedback recebido?
Sim, o feedback tem sido bastante
positivo. Descobrimos até que nos consideram Metal Gótico, assim como nos
associam a bandas como Paradise Lost.
Para já, o “The Last Bird Song” só está disponível em formato digital. Há planos para uma futura edição em formato físico?
Claro, mas apenas disponibilizamos CDs se nos forem pedidos e durante os
concertos.
O que vos inspira e quais são as vossas influências musicais?
Temos várias bandas que são de culto para cada elemento. São acima de tudo
bandas de Rock Progressivo, Post-Rock, Doom Metal e algum Thrash/Death Metal
(Opeth, Porcupine Tree, Callisto, Isis, Tiamat, Meshuggah). Com tanta variedade
de estilos torna-se difícil encaixar Sollust dentro de um único estilo. O nosso
objetivo é, sobretudo, divulgar e continuar a tocar de forma a mostrar o nosso
som.
Quais são os vossos planos e objetivos para o futuro dos Sollust?
Para já tivemos um imprevisto. O nosso segundo guitarrista teve que sair do
país, mas já encontrámos um substituto. Estamos, por isso, em ensaios para que
ele se adapte à banda e também em produção de novo material, que vai trazer
novidades.
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