quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Entrevista: Sollust

Os Sollust são um jovem coletivo oriundo do Peso da Régua que lançou, em Maio deste ano, o seu EP de estreia através do Bandcamp. Um bom motivo para conversarmos com o baterista, Miguel Silva.


Apesar de já contarem com cerca de uma década de atividade, os Sollust são ainda um projeto desconhecido para muitos. Que tal apresentares a banda e falares um pouco da sua história primeiro? 
Os Sollust não se formaram há dez anos. Simplesmente os membros da banda juntaram-se há mais de uma década com um outro projeto, isto no tempo em que o pessoal andava na secundária e começávamos a ouvir os primeiros discos de Metallica, Slayer entre outras bandas. Depois de alguns anos de tentativa de criação de uma banda, emergiu o que a hoje chamamos de Sollust.

O “The Last Bird Song” é o vosso primeiro lançamento. Houve algum motivo para demorarem tanto tempo a editá-lo ou simplesmente não quiseram forçar as coisas e decidiram esperar pelo momento mais apropriado?
Claro que é muito tempo, mas tal com disse antes houve algum tempo em que ainda não estava a banda formada, assim como algumas dúvidas no seguimento que queríamos dar a banda. Aliado a isso, a falta de disponibilidade de alguns membros em tocar. Só em 2011, depois de um concerto, é que o Guilhermino Martins nos propôs gravar um EP.

Como apresentarias este EP a quem não está familiarizado com a música da banda?
É difícil definir o que é Sollust, nós próprios temos dificuldades em dizer qual é o nosso estilo. Achamos que temos vários estilos, isso sim, assim como várias influências. O que podem esperar ao ouvir o EP é um conjunto de músicas que vão do mais agressivo do Rock Progressivo até ao Rock mais calmo perto de uma balada.

Gravaram o “The Last Bird Song” no Blind & Lost Studios com o Guilhermino Martins, um artista experiente e com créditos dados no meio em que os Sollust se movem. Como surgiu o contacto entre as duas partes e que balanço fazem desta colaboração?
O contacto com o Guilhermino já tem algum tempo. Praticamente todos os membros começaram a dar os primeiros toques numa escola onde o Guilhermino dava aulas. Mas só em 2011 é que a banda estava completamente formada e pronta para gravar alguma coisa. No fim de um concerto, o Guilhermino falou connosco e propôs gravar um EP. Depois de algum tempo de reflexão, apercebemo-nos que seria agora ou então nunca mais e, por fim, decidimos dar este passo, até porque já tínhamos algum material que não queríamos perder.

O que abordam nas letras das vossas canções?
As nossas letras são simples desabafos contra alguns dos problemas da sociedade. Algumas regras deste sistema que precisam de ser quebradas e que só nos prejudicam.


Os solos de guitarra são um dos pontos mais fortes deste trabalho. Por quem foram compostos e quem os tocou?
Os solos de guitarra estão divididos entre o Rui Pereira e o segundo guitarrista, o João Peixoto. A composição é feita em grande parte pelo Rui Pereira, mas depois em ensaio há uma boa democracia e compomos a música com a opinião de todos.

Dado que o “The Last Bird Song” já está disponível no Bandcamp desde finais de Maio, certamente já receberam algumas opiniões sobre ele. Como tem sido o feedback recebido?
Sim, o feedback tem sido bastante positivo. Descobrimos até que nos consideram Metal Gótico, assim como nos associam a bandas como Paradise Lost. 

Para já, o “The Last Bird Song” só está disponível em formato digital. Há planos para uma futura edição em formato físico? 
Claro, mas apenas disponibilizamos CDs se nos forem pedidos e durante os concertos.

O que vos inspira e quais são as vossas influências musicais?
Temos várias bandas que são de culto para cada elemento. São acima de tudo bandas de Rock Progressivo, Post-Rock, Doom Metal e algum Thrash/Death Metal (Opeth, Porcupine Tree, Callisto, Isis, Tiamat, Meshuggah). Com tanta variedade de estilos torna-se difícil encaixar Sollust dentro de um único estilo. O nosso objetivo é, sobretudo, divulgar e continuar a tocar de forma a mostrar o nosso som. 

Quais são os vossos planos e objetivos para o futuro dos Sollust? 
Para já tivemos um imprevisto. O nosso segundo guitarrista teve que sair do país, mas já encontrámos um substituto. Estamos, por isso, em ensaios para que ele se adapte à banda e também em produção de novo material, que vai trazer novidades.

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