sábado, 30 de janeiro de 2010

TOP 25 Internacional: Os melhores discos de Metal de 2009

O ano de 2009 foi, sem dúvida, um dos mais produtivos de sempre para o Metal, tanto a nível internacional como nacional. Foram lançados discos de grande qualidade em quase todas as vertentes da música pesada, contudo, o Sludge deve ser destacado, visto que a sua ascensão dentro das sonoridades metálicas é cada vez mais notória. Além disso, o ano transacto também ficou marcado pelo regresso de bandas como Alice In Chains, Beherit ou Asphyx, por exemplo, às edições discográficas. Sem mais delongas, até porque 2009 já lá vai, aqui ficam os 25 melhores discos internacionais de Metal de 2009:


25º BARONESS: BLUE RECORD

Em «Blue Record», os Baroness optaram por seguir uma vertente mais progressiva e sulista e a adição de novos elementos à música da banda americana só ajudou a criar um disco ainda mais equilibrado e variado que o anterior «Red Album».



24º KREATOR: HORDES OF CHAOS

Os Kreator já têm 25 anos de carreira e doze discos de longa-duração editados, mas não é por isso que deixam os seus créditos em mãos alheias. «Hordes Of Chaos» é a junção de vários elementos usados em álbuns anteriores, resultando, assim, num trabalho variado e fresco.


23º BE’LAKOR: STONE’S REACH

«Stone's Reach» é o segundo disco dos australianos Be'Lakor, que se formaram em 2004. Ainda se nota um pouco a colagem às suas influências, mas a criatividade está lá. Agora é preciso trabalhar e desenvolver uma identidade própria. Boa surpresa!


22º ASPHYX: DEATH… THE BRUTAL WAY

Os Asphyx foram mais outro colectivo conhecido que regressou às edições discográficas e, felizmente, podemos admitir que o fizeram pelo brutal way… Uma boa lição de Death Metal oldschool com laivos de Doom. Sejam bem-vindos de volta!


21º MASTODON: CRACK THE SKYE

Basta ouvir «Crack The Skye» uma vez para que nos apercebamos que é um disco muito mais progressivo e melódico que os seus antecessores. No entanto, não pensem que é aquela velha história do "venderam-se", porque não é. O que os Mastodon fazem aqui tem um nome, chama-se "inovar".


20º ALICE IN CHAINS: BLACK GIVES WAY TO BLUE

Quando Layne Staley faleceu, muitos pensaram que os Alice In Chains também tinham partido com o malogrado vocalista. O certo é que, em 2005, Jerry Cantrel anunciou o retorno da banda e poucos foram os que não o viram com desdém. Sim, o novo vocalista William Duval não é Layne Staley, embora a voz até seja ligeiramente semelhante, mas «Black Gives Way to Blue» não envergonha em nada o passado brilhante deste colectivo de Seattle.


19º BEHEMOTH: EVANGELION

Os Behemoth têm aquilo que muitas bandas desejavam ter: consistência, popularidade sem se venderem artisticamente, uma sonoridade característica, etc. «Evangelion» pode não ser um trabalho brilhante, mas demonstra todas as qualidades que fazem destes polacos uns dos líderes mundiais do Metal extremo.


18º ENSIFERUM: FROM AFAR

«From Afar» tem uma característica que todos os discos do seu género deveriam ter: ser capaz de nos fazer viajar no tempo e lembrar não só as batalhas épicas e sangrentas, mas também as festas e o ambiente pagão da época. Aqui estão os Ensiferum cada vez mais ambiciosos e confiantes!


17º WOLVES IN THE THRONE ROOM: BLACK CASCADE

Antigamente, quase não havia bandas de Black Metal relevantes nos E.U.A., no entanto, o cenário é bem diferente hoje em dia. Os Wolves In The Throne Room são apenas mais um colectivo saído do movimento USBM a conquistar os fãs de metal negro. «Black Cascade» é o seu terceiro longa-duração, mais maduro que os seus antecessores.


16º HYPOCRISY: A TASTE OF EXTREME DIVINITY

Os Hypocrisy são um dos colectivos mais respeitados do Underground metálico e cada lançamento de Peter Tägtgren e companhia é sempre aguardado com alguma expectativa. «A Taste Of Extreme Divinity» é aquilo que todos devem esperar da banda sueca: mais um álbum de Melodic Death Metal extremamente competente a todos os níveis. Infelizmente, é provável que este trabalho viva na sombra do seu antecessor «Virus», que foi um dos discos mais surpreendentes de 2005. E isso acaba por ser uma pena...


15º OBSCURA: COSMOGENESIS

Numa altura em que são inúmeras as bandas que praticam Death Metal técnico, os Obscura conseguem destacar-se graças à sua qualidade. Não, originalidade não é com eles, até porque se notam perfeitamente influências de Death, Necrophagist, ou Cynic, por exemplo. No entanto, «Cosmogenesis» compensa com a sua deliciosa mistura de brutalidade, variedade e melodia.


14º SLAYER: WORLD PAINTED BLOOD

É inegável que nenhum fã de Metal fica indiferente a um novo disco de Slayer, nem que seja só para o criticar. «World Painted Blood» pode não ser o melhor álbum da extensa carreira do quarteto americano, mas tem qualidade suficiente para ter o rótulo que tem, o que já não é dizer pouco!


13º SUN OF THE BLIND: SKULLREADER

Sun Of The Blind é o projecto a solo de Zhaaral, membro dos Darkspace. Como seria de esperar, existem algumas semelhanças entre ambas as bandas, quer a nível de produção quer a nível de composição. No entanto, «Skullreader» é um trabalho mais lento, triste e ambiental. É um disco especial, cheio de atmosfera e ideal para fãs de música depressiva.


12º PORTAL: SWARTH

Para apreciar a “beleza” de «Swarth», é preciso entender o que ele realmente é: um turbilhão de emoções negras e doentias. Tão negras e doentias ao ponto de nos fazerem pensar se isto não será uma obra demoníaca… E os Portal só se podem orgulhar disso.


11º MARDUK: WORMWOOD

É indiscutível que a entrada de Mortuus trouxe uma lufada de ar fresco para os Marduk em termos artísticos. «Wormwood», além de ser um trabalho único na discografia da banda sueca, é talvez uma das suas maiores gemas.


10º ISIS: WAVERING RADIANT

De álbum para álbum, os Isis têm vindo a aperfeiçoar a sua música e «Wavering Radiant» é prova disso mesmo, um trabalho mais maduro e evoluído tecnicamente do que os seus antecessores.


9º RIVERSIDE: ANNO DOMINI HIGH DEFINITION

Oriundos de um país mais conhecido por “exportar” bandas como Vader ou Behemoth, os Riverside vêm demonstrar que na Polónia também se faz música progressiva de excelente qualidade. «Anno Domini High Definition» foi, sem dúvida, o pináculo do Metal Progressivo de 2009.


8º AMORPHIS: SKYFORGER

Depois de terem estagnado em «Far From the Sun», que foi uma tentativa fracassada de atingir um público mais vasto, os Amorphis têm vindo a recuperar a genialidade que os tornou tão conhecidos. «Skyforger» é um grande trabalho de Esa Holopainen e companhia, onde se destaca cada vez mais o vocalista Tomi Joutsen.


7º MEGADETH: ENDGAME

Apesar de alguns ícones do Thrash Metal terem editado álbuns bastante coesos este ano, são os lendários Megadeth que merecem mais atenção. Afinal de contas, «Endgame» não só é o melhor disco da segunda vida da banda, como também acaba por ser um dos melhores da sua carreira.


6º KATATONIA: NIGHT IS THE NEW DAY

«Night Is The New Day» pode ser o álbum mais leve de sempre dos Katatonia, mas também é um dos mais depressivos e atmosféricos. Mesmo com um leve cheiro a Opeth, o novo trabalho destes suecos contém momentos fabulosos, ao nível do melhor que já fizeram.


5º TRAIL OF TEARS: BLOOSTAINED ENDURANCE

Foi necessário passar por momentos extremamente complicados, daqueles que fariam muitos desistir, para Ronny Thorsen mostrar o excelente artista que é. «Bloodstained Endurance» é o melhor disco de Gothic Metal do ano e marca uma nova etapa na carreira dos Trail Of Tears, com um line-up novo e cheio de qualidade.


4º BLUT AUS NORD: MEMORIA VETUSTA II

Depois de um disco experimental, mais arrastado e dissonante, os Blut Aus Nord decidiram voltar a uma abordagem mais tradicional. «Memoria Vetusta II: Dialogue with the Stars» é uma longa e épica viagem sonora, onde elementos clássicos da banda se misturam com outros mais recentes.


3º KYLESA: STATIC TENSIONS

Mais um disco simples, mas contagiante! «Static Tensions» é sujo, agressivo, intenso… Enfim, é Sludge Metal. Vá, agora deixem-me ir ouvir Kylesa


2º BEHERIT: ENGRAM

Muitas foram as vezes em que Nuclear Holocausto afirmou que os Beherit nunca voltariam ao activo. Contudo, em 2008 mudou de ideias e resolveu oferecer-nos «Engram», que acaba por ser a fusão das duas abordagens musicais distintas da carreira da banda. É uma dose simples e minimalista, mas extremamente eficaz e viciante!


1º AMESOEURS: AMESOEURS

De facto, é pena… Com tanta originalidade e margem de progressão, os Amesoeurs decidiram por fim à sua curta carreira logo após a edição deste disco. «Amesoeurs» é uma obra única, que mistura a melancolia do Post-Punk e do Shoegaze com a agressividade do Black Metal. Na minha insignificante opinião, o melhor que 2009 nos ofereceu musicalmente!

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De todos os discos que ouvi em 2009, estes foram os que mais se destacaram. Não foi fácil escolhê-los e muito menos ordená-los, mas estou bastante satisfeito com esta lista. Brevemente publicarei também uma mini-lista com os melhores álbuns nacionais de 2009.

2 comentários:

  1. Os discos do Isis têm um ar viajante e o som da banda me remete para um lugar de fantasia, que fica entre o medieval e o futurista! E desde o ano passado que o mundo passou a contar em sua discografia com mais um título do Isis. É “Wavering Radiant” e merece esse lugar de destaque no top 25 de discos de metal. E olha só, duas das músicas têm o guitarrista do Tool. Confira tudo nesse site e escute também faixas do novo disco
    http://cotonete.clix.pt/

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  2. Tiveste uma óptima ideia em fazer este top 25. Mostra que és conhecedor do género e exigente no que toca às escolhas musicais.

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