sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Escutcheon: Battle Order

Escutcheon
"Battle Order"
Deity Down Records
6/10

Depois de uma pequena interrupção na sua carreira, os Escutcheon estão de volta com o seu segundo longa-duração, “Battle Order”. Apesar de serem provenientes de um país mais conhecido por nos oferecer bandas sinfónicas como After Forever, Epica ou Within Temptation, estes rapazes preferem tocar Death Metal melódico. No seu novo álbum, os Escutcheon presenteiam-nos com nove novas canções, que aliam a agressividade à melodia, à excepção da primeira faixa. Apesar de ser uma introdução que não nos oferece nada de novo, a melodia dos coros sintetizados dá-nos a interessante sensação de estarmos perante um mundo destruído, no qual não existe grande esperança. Terminada a intro, a banda começa a destilar o seu Death Metal melódico, onde sobressai a influência de nomes como At The Gates ou Hypocrisy. Guitarras melódicas misturam-se com uma bateria que varia o pedal duplo e o blastbeat com batidas mais lentas, enquanto Herman Hoffman vocifera as letras das canções num tom bastante grave, próximo do Death Metal puro. Salvo algumas excepções, como a passagem acústica de “The Dead Of Tomorrow” ou momentos em “The Eucharist” que roçam o Death Metal mais pesado, excepções que dão mais cor a este registo, a fórmula dos Escutcheon não vai muito mais além disto. Embora “Battle Order” não seja um mau disco, o certo é que o resultado final poderia ser bem melhor. Em primeiro lugar, as limitações técnicas dos guitarristas revelam-se através das melodias simples e da ausência de solos, o que é uma falta grave, visto que este género é rico em guitarras poderosas e solos cativantes. E, em segundo lugar, a produção está uns furos abaixo da média.Em conclusão, o novo disco dos Escutcheon não acrescenta nada ao que já foi feito neste estilo de música. No entanto, é possível que “Battle Order” tenha argumentos suficientes para agradar a fãs do género, embora haja, na minha opinião, propostas bem mais interessantes neste espectro.

Crítica originalmente escrita para a Rock Heavy Loud.

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