Metalpoint - 26/12/2009
Foi no
Sábado passado, dia 26 de Dezembro, que um Metalpoint quase cheio acolheu o
Invicta X-MASsacre. O cartaz era composto por três ícones da cena metálica
portuense: Web, Holocausto Canibal e Pitch Black; que,
curiosamente, partilharam o mesmo palco na mesma noite, pela primeira vez.
Para dar o
início às hostilidades, foram convidados os Lost Gorbachevs, trio também
portuense, que conjuga a imprevisibilidade do Jazz, experimentalismo e a
agressividade do Grindcore. Originalidade não lhes falta, é verdade. No
entanto, a sua abordagem musical não chamou a atenção da maioria dos presentes,
porque, para além de não ser fácil de digerir, requer uma certa capacidade de
encaixe. Quando a actuação terminou, pairou no ar a sensação de que teria sido
preferível escolher outra banda para abrir esta festa natalícia.
A seguir,
foram os Web a subir ao palco e rapidamente cativaram o público com a
sua boa disposição, pois, logo após a primeira canção, a banda provocou com uma
versão metálica de “We wish you Merry Christmas”, que arrancou palmas e risos.
Foi um concerto competente, onde vale a pena mencionar a participação de Miguel
Inglês (Equaleft) num dos temas tocados e o headbang sincronizado de
muitos espectadores ao som de “Hopeful”.
Também os Holocausto
Canibal tiveram a sua parte de provocação, ao entrar em acção ao som de
“Smooth Criminal” de Michael Jackson. Infelizmente, as condições do recinto
prejudicaram a actuação da banda. Primeiro, porque o som do Metalpoint não é
dos melhores, fazendo com que as canções com mais blastbeats soassem
todas ao mesmo, o que as tornava aborrecidas. Em segundo lugar, o piso molhado
e escorregadio afastou vários moshers. Mesmo sem terem sido brilhantes,
os Holocausto Canibal souberam ultrapassar os obstáculos que se
impuseram. Uma boa setlist (onde não faltou a clássica “Violada pela
Motosserra”) e uma boa performance de Toká e companhia foram o suficiente para
deixar o público satisfeito.
Finalmente
tinha chegado o momento mais esperado da noite para a maioria dos espectadores.
Uma espera de cerca de 20 minutos arrefeceu um bocado os ânimos, no entanto, os
Pitch Black resolveram esse detalhe facilmente. Com uma introdução a mid-tempo,
a banda chamou a atenção do público e, a partir daí, começou o melhor e mais
intenso concerto da noite. Quando a actuação terminou, foi possível tirar duas
conclusões: que ninguém deve ter saído insatisfeito do Metalpoint e que os Pitch
Black são, sem dúvida, uma das melhores bandas portuguesas de Metal.
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