sábado, 2 de janeiro de 2010

Ao vivo: Invicta X-MASsacre

Pitch Black, Holocausto Canibal, Web, Lost Gorbachevs
Metalpoint - 26/12/2009

Foi no Sábado passado, dia 26 de Dezembro, que um Metalpoint quase cheio acolheu o Invicta X-MASsacre. O cartaz era composto por três ícones da cena metálica portuense: Web, Holocausto Canibal e Pitch Black; que, curiosamente, partilharam o mesmo palco na mesma noite, pela primeira vez.

Para dar o início às hostilidades, foram convidados os Lost Gorbachevs, trio também portuense, que conjuga a imprevisibilidade do Jazz, experimentalismo e a agressividade do Grindcore. Originalidade não lhes falta, é verdade. No entanto, a sua abordagem musical não chamou a atenção da maioria dos presentes, porque, para além de não ser fácil de digerir, requer uma certa capacidade de encaixe. Quando a actuação terminou, pairou no ar a sensação de que teria sido preferível escolher outra banda para abrir esta festa natalícia.

A seguir, foram os Web a subir ao palco e rapidamente cativaram o público com a sua boa disposição, pois, logo após a primeira canção, a banda provocou com uma versão metálica de “We wish you Merry Christmas”, que arrancou palmas e risos. Foi um concerto competente, onde vale a pena mencionar a participação de Miguel Inglês (Equaleft) num dos temas tocados e o headbang sincronizado de muitos espectadores ao som de “Hopeful”.

Também os Holocausto Canibal tiveram a sua parte de provocação, ao entrar em acção ao som de “Smooth Criminal” de Michael Jackson. Infelizmente, as condições do recinto prejudicaram a actuação da banda. Primeiro, porque o som do Metalpoint não é dos melhores, fazendo com que as canções com mais blastbeats soassem todas ao mesmo, o que as tornava aborrecidas. Em segundo lugar, o piso molhado e escorregadio afastou vários moshers. Mesmo sem terem sido brilhantes, os Holocausto Canibal souberam ultrapassar os obstáculos que se impuseram. Uma boa setlist (onde não faltou a clássica “Violada pela Motosserra”) e uma boa performance de Toká e companhia foram o suficiente para deixar o público satisfeito.

Finalmente tinha chegado o momento mais esperado da noite para a maioria dos espectadores. Uma espera de cerca de 20 minutos arrefeceu um bocado os ânimos, no entanto, os Pitch Black resolveram esse detalhe facilmente. Com uma introdução a mid-tempo, a banda chamou a atenção do público e, a partir daí, começou o melhor e mais intenso concerto da noite. Quando a actuação terminou, foi possível tirar duas conclusões: que ninguém deve ter saído insatisfeito do Metalpoint e que os Pitch Black são, sem dúvida, uma das melhores bandas portuguesas de Metal.

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