C.C. Stop, Metalpoint - 22/09/2012
Na primeira
noite de outono do ano, um Metalpoint bem composto recebeu o Apocalipse
Lusitano, evento que também passou pelo Bar Roterdão, em Lisboa, no dia
anterior e que contou com os Morte Incandescente como cabeças-de-cartaz
e os Nefastu, os Göatfukk e os Enclavement como bandas de
apoio.
Ausentes
nesta data no norte estiveram os Enclavement, que não puderam marcar presença
por motivos de saúde. Assim sendo, coube aos Göatfukk dar início às hostilidades com o seu Black Metal injetado
de Punk e D-Beat. “Nocturnal Guidance” foi a primeira canção interpretada, seguindo-se
“XIV Crosses”, “Black Candles Burn” e “Your God That Never Was” quase sem
interrupções. Foi com a versão de “Outbreak of Evil” dos Sodom que surgiram as
primeiras manifestações do público, que permaneceu contemplativo e quase imóvel
durante todo o concerto. Este comportamento deveu-se, em parte, à postura em
palco de Vulturius, o novo vocalista de sessão, que, embora tenha vociferado as
letras das canções de forma convincente, se mostrou pouco comunicativo. Já
perto do fim e após “We Are the Spear”, voltaram a registar-se algumas reações
por parte dos presentes ao som de “Drunk, Slut, 666” e “Chaos Is My Life”, cover dos The Exploited, que encerrou a
atuação da banda.
Já com o público mais próximo do palco, seguiram-se os Morte Incandescente, que se apresentaram com uma postura mais descontraída e até sem o habitual corpsepaint. “Noite em Chamas” deu início a uma atuação cujo set incluiu temas dos três álbuns da banda, algumas novidades, como “Into a Pit” e “To Praise the One with Black Wings” que figurarão no próximo 10’ intitulado “Black Fucking Cancer”, e ainda a inesperada “Desabafo”. Apesar da performance coesa de Nocturnus Horrendus, Vulturius e V-Kaos, em certos momentos o ambiente adivinhou-se menos introspetivo do que seria de esperar entre algum público que se encontrava à frente, o que prejudicou consideravelmente o impacto da música. Ainda assim, a interpretação sublime de “Your Bloodstream” e “Desabafo” recuperou o clima intimista que faltou em alguns momentos de um concerto que serviu como uma boa conclusão para uma noite dedicada às sonoridades obscuras.
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