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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Entrevista: Curse this Ocean

Naturais de Cagliari, Itália, e no ativo desde 2009, os Curse this Ocean praticam Post-Metal/Hardcore e lançam a 15 de Dezembro o seu álbum de estreia, "Lightbringer". Com o intuito de dar uma ajudinha na promoção do mesmo, aqui fica uma breve conversa com o guitarrista da banda, Nicola.


Nem todos os membros da banda vivem em Cagliari, mas isso não deverá ser um grande problema no processo de composição, graças à tecnologia a que temos acesso hoje em dia. No entanto, como funciona quando têm que estar juntos para ensaiar e como marcam os vossos concertos?
Eu sou um dos que vive na Sardenha, por isso sempre que os nossos membros “estrangeiros” apanham o voo para aqui, vamos logo para a sala de ensaios e tocamos até os nossos corpos começarem a apodrecer. Não é uma forma habitual de gerir uma banda, mas tem os seus prós e contras. Quando eu e o Marco (baterista) nos juntámos à banda, sabíamos que ia ser assim e lidamos bem com isso. A marcação dos concertos é feita principalmente a partir dos e-mails que enviamos a salas de espetáculos, agências e a outras bandas. 

As encomendas do "Lightbringer" já começaram. Como estão a correr para já?
Estão a correr bem, especialmente desde que terminaram os dois dias de audição integral do álbum. Queríamos que as pessoas o ouvissem antes de pensarem em comprar o vinil ou o formato digital.


O álbum só vai ser lançado numa edição limitada em vinil. Por que razão não optaram por um formato mais acessível como o CD? 
De qualquer maneira, a maioria das pessoas que vai obter este trabalho vai ao Google pesquisar "curse this ocean - lightbringer mp3". A edição em vinil tem uma qualidade de som formidável, mas só será comprada para coleção, penso eu.

O álbum foi masterizado pelo Magnus Lindberg, dos Cult of Luna. Como surgiu esta oportunidade e como correu a experiência? 
A banda já tinha trabalhado com o Magnus no primeiro EP, "Cursed". Por isso, sabíamos que tínhamos de seguir o mesmo caminho. Foi fácil obter um som negro e profundo como desejávamos. O Magnus sabe realmente como lapidar uma pedra e transformá-la num diamante.

Gravaram um videoclipe para a "Among the Wolves", que, curiosamente, é a faixa mais curta do disco. Por que razão a escolheram? Queriam que funcionasse como uma espécie de amostra para o que aí vem? 
Em Julho, tocámos em Cagliari e tivemos a oportunidade de gravar a atuação inteira com câmaras diferentes. Por isso, quando obtive a gravação, trabalhei a imagem para lançar este vídeo sem qualquer despesa. A canção adapta-se ao que queríamos lançar, não é propriamente uma amostra, mas está algures no meio. Esperamos ter a oportunidade de gravar um vídeo mais longo no futuro.



Já começaram a marcar os próximos concertos? Como está a agenda, para já? 
Vamos tocar na nossa cidade antes de embarcarmos numa digressão europeia com os Comity (http://comity.bandcamp.com/) em Fevereiro. 

E é só. Obrigado pelo teu tempo e desejo-vos tudo de bom. Há algo mais que queiras dizer? 
Obrigado por teres dedicado o teu tempo a esta entrevista. Visitem o nosso sítio (www.facebook.com/cursethisocean) para mais atualizações.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ao vivo: Hexis, This Gift Is a Curse

Hexis, This Gift Is a Curse
Casa Viva - 29/09/2012 

Decorreu no Porto, durante uma solarenga tarde de sábado, um evento que terá passado despercebido a alguns. Os dinamarqueses Hexis e os suecos This Gift Is a Curse estiveram na Casa Viva para um concerto gratuito incluído na sua digressão pela Europa, que também os levou a Braga no mesmo dia e a Lisboa no dia seguinte.

Numa sala envolta por um denso fumo e iluminada em tons escarlate, os This Gift Is a Curse começaram a atuar diante de um público ainda reduzido, mas que veio a aumentar enquanto “Inferno”, a primeira canção do alinhamento, era executada. Já com o recinto mais cheio e com a assistência embrenhada na música do quarteto de Estocolmo, “The Swarm” e "Att Hata Allt Mänskligt Liv" deram azo a um moshpit violento. Satisfeito com as mossas causadas, o vocalista Jonas Holmberg agradeceu o apoio e afirmou que era um prazer estar ali, apresentando em seguida o próximo tema, “The Crossing”, que incitou a um mosh ainda mais caótico. Por vezes, a intensidade era tal que ocasionalmente caíam espetadores por cima das hardcases dos instrumentos encostadas a uma das paredes da sala. A banda acabou a sua atuação com uma pujante "The Sounds of Broken Bells", mas não sem antes ter voltado a agradecer aos que compareceram para testemunhar a sua enérgica prestação.

De novo num ambiente fumoso e escuro, os Hexis arrancaram para um concerto que só pecou pela sua curta duração. Durante um quarto de hora, um público atento e menos dado a movimentações assistiu à descarga intensa protagonizada pelo coletivo dinamarquês, que aproveitou a ocasião para apresentar duas composições novas logo no início e dedicou o resto do set ao EP “XI”, com a faixa “Crux” a revelar-se o ponto alto da atuação. No fim, ficou a sensação de que tinha sabido a pouco, mas, atendendo às circunstâncias em que o evento se realizou, não se podia pedir muito mais.